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Viver a Vida: a novela de Helena


Não sou de alimentar esse tipo de discussão sobre racismo, então não sei dizer se a polêmica em torno da Helena de Taís Araújo tem a ver com o fato de ela ser negra. E desde que Viver a Vida estreou tem tido toda essa cobrança dos colunistas, dizendo que a Helena é fraca, que a Luciana tem mais destaque…

Sim, é verdade que a Luciana tem mais destaque que a Helena. E mais um monte de coisa é verdade, mas nada que chegue perto da afirmativa de que a protagonista de Taís Araújo está sendo preterida. Isso é um absurdo. Você consegue se lembrar de alguma Helena que tenha sido realmente o maior destaque de alguma novela de Manoel Carlos? Eu não. Pelo menos as últimas que vi, as Helenas foram bem menos exploradas. Talvez porque todas caminhavam pela mesma faixa etária, passaram despercebidas. Taís rompeu essa barreira, além do fato de ser a primeira

atriz negra a apanhar esse papel. Pois que a atriz agradeça toda essa cobrança dos jornalistas. Porque isso a está tornando a Helena mais participativa das novelas de Maneco. Todas as outras tinham a sua história, seus amores e traições, mas em um núcleo reservado. Vera Fisher, Regina Duarte, Christiane Torloni, nenhuma delas foi o centro das atenções – Torloni até reclamou disso, na época. Taís Araújo, ao lado de Thiago Lacerda, está vivendo cenas tão decisivas quanto as de Luciana. E um óptimo reforço está sendo a pequena Klara Castanho, finalmente vilã como previa a sinopse original. Rafaela pode não ser tão maligna quanto queria o autor, mas quem pode culpar essa pequena criança por querer infernizar a vida de Helena por descobrir seu caso extraconjugal? Este pequeno demônio conseguiu dar um novo fôlego à novela. E nisso, Viver a Vida vai marcando novos pontos.

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